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A Cura do Luto: Como a Esperança Renova a Mente e Devolve a Vontade de Viver

A Cura do Luto: Como a Esperança Renova a Mente e Devolve a Vontade de Viver

A Cura do Luto: Como a Esperança Renova a Mente e Devolve a Vontade de Viver

“Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade. E, quando o Senhor a viu, moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: ‘Não chores!’. E, chegando-se, tocou o caixão.” (Lc 7, 12-14)

A cena que Lucas nos descreve é uma das mais dolorosas e, ao mesmo tempo, mais esperançosas de todo o Evangelho. O cortejo fúnebre em Naim é a imagem perfeita do luto, da tristeza profunda e da perda. A mulher viúva já havia perdido o marido, e agora perdia seu único filho. Era a morte de sua história, de seu futuro, de sua alegria. Ela e a multidão que a acompanhavam se moviam em direção a um vazio total. É a imagem de alguém que, por dentro, já morreu.

Muitos de nós conhecemos esse sentimento. Não precisa ser a morte física de alguém; pode ser a morte de um sonho, o fim de um relacionamento, a perda do sentido da vida, a exaustão que nos faz sentir que já não temos mais energia para nada. A depressão é um cortejo fúnebre da alma, uma marcha lenta e pesada em direção ao nada.

E é nesse momento que Jesus intervém. Ele não aparece em uma luz gloriosa para julgar ou dar sermões. Ele se move de íntima compaixão, um sentimento que vai além da pena; é um amor que sente a dor do outro como se fosse sua. O que Ele faz é surpreendente: Ele toca o caixão. Naquela cultura, tocar um morto o tornava impuro. Mas com Jesus a lógica se inverte. Não é a morte que o contamina, mas a vida que Ele carrega que contagia e ressuscita o que estava morto.

Essa é a mensagem mais poderosa para a nossa saúde mental. Quando a tristeza e o desânimo nos isolam, o que mais precisamos não é de uma solução mágica, mas de uma presença que se atreva a tocar nossa dor. Uma amizade que não tem medo da nossa tristeza, um abraço que nos encontra em nosso luto. O toque de Jesus é a prova de que a empatia e a compaixão são a primeira cura para o nosso coração ferido.

Jesus disse: “Não chores!”. Mas Ele não estava invalidando as lágrimas daquela mãe. Ele estava dizendo que a dor não teria a última palavra. Ele devolveu o filho à mãe, mas, mais do que isso, Ele devolveu a ela a vontade de viver, o propósito e a esperança que haviam sido sepultados.

O milagre de Naim não é apenas sobre a ressurreição física. É sobre a restauração da alma. É a certeza de que, não importa o quão morto ou definhado algo pareça em sua vida, a força da vida que vem de Jesus pode te tocar e te devolver a energia para fazer e para viver.

O Evangelho de hoje fala sobre o milagre da vida que contagia a morte. Você consegue identificar em sua própria vida uma área onde sente que a “morte” (um sonho perdido, um relacionamento quebrado, etc.) está presente e que precisa ser tocada pela esperança?

Tive a graça de estar em Naim em 2008, naquela época exercia o ministério publico sacerdotal celebrei a Santa Missa na única Igreja que havia, a qual foi tomada pelos muçulmanos e havia um afresco lindo nas paredes do presbitério, consegui exta oportunidade de celebrar naquela igreja, e lá sentia muito forte Deus falar: “Não chores!” E Hoje, neste exato momento, Jesus te dirige estas palavras: “não chores”. Sim, a você que está lendo. Jesus sabe o que você está enfrentando, sabe que o seu coração está ferido. Ele sabe que você não aguenta mais. Sabe que você está prestes a se render. Sabe que você não vê mais uma saída. É a você que Ele diz estas palavras: “não chores”. Com quanta doçura e ternura Ele te diz isso, com quanto amor Ele tem por você. Ele confia em você, tem estima por você. Ele quer a sua felicidade, por isso Ele te diz hoje: “não chores”. Jesus está ao seu lado, te segura apertado junto a Si. Nunca tema, apenas O abrace forte, forte, forte. Ele te repete: “não chores”.

Dr. Fernando Tadeu Barduzzi Tavares

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